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Governo ainda aposta na aprovação da PEC Emergencial e do Orçamento até o fim do ano

Por Valdo Cruz

Comentarista de política e economia da GloboNews. Cobre os bastidores das duas áreas há 30 anos


“Depois do segundo turno, vamos construir um grande entendimento e acordo para aprovar pelo menos três propostas que são fundamentais para o país no próximo ano. As PECs Emergencial e dos fundos e o Orçamento da União de 2021. Sabemos que o tempo é curto, mas são pautas essenciais para os brasileiros”, afirmou ao blog o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

A estratégia tem sido discutida nos últimos dias entre o Palácio do Planalto e os líderes governistas. Segundo eles, apesar do tempo curtíssimo, esses três projetos precisam ser aprovados para afastar o clima de incerteza sobre os rumos da economia no próximo ano.

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“Estamos voltando a crescer, recuperando o que foi perdido durante a primeira fase da pandemia. E a economia vai seguir crescendo, mas para isso temos de aprovar essas medidas”, acrescentou o senador Eduardo Gomes.

O otimismo do governo e de seus líderes não é compartilhado por outros deputados e senadores, mas o Palácio do Planalto aposta no apelo que será feito em nome de criar as condições para que o desemprego não cresça e seja possível continuar pagando um auxílio para pessoas em situação de vulnerabilidade.

A aprovação desta proposta de emenda à Constituição é classificada de essencial por economistas para indicar que o país retomará o caminho de combate à crise fiscal, depois de ser obrigado a fazer gastos excepcionais por causa do enfrentamento do coronavírus.

No caso da PEC que vai desvincular fundos infraconstitucionais, ela vai permitir liberar recursos que seriam destinados para investimentos e para bancar o novo programa social do governo, o Renda Brasil, ou mesmo prorrogar por mais três meses o auxílio emergencial. A proposta pode desvincular, a depender do formato em que for aprovada, de R$ 25 bilhões a R$ 40 bilhões.

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