REFORMAS DO GOVERNO

Dieese alerta sobre mudanças em relatório da PEC da Previdência. Assista!

 


Fausto Augusto Júnior, do Dieese, discute mudanças na Previdência em entrevista ao Jornal TVT, dia 17

Após a divulgação do relatório sobre a PEC 06 (reforma da Previdência), apresentado dia 13 de junho pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos elaborou um estudo crítico sobre o documento (leia a Nota Técnica 211). 

Para o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio, a retirada do sistema de capitalização do texto e a manutenção da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) são avanços. Porém, ele alerta: “O governo já sinalizou que não aceitará estas alterações. É importante que o movimento sindical esteja atento, pois estes itens podem ser reinseridos na proposta via projetos de lei”.

Análise 

Em entrevista dia 17 ao Seu Jornal, informativo diário da TVT, o coordenador de Educação do Dieese Fausto Augusto Júnior analisou as modificações realizadas no texto. Ele observou que elas não alteram substancialmente o caráter de desmonte da Seguridade Social. 

“A alteração mais significativa é tirar a possibilidade de capitalização”. No entanto, observa: “Não sabemos se vai prosperar na comissão especial e no Congresso. O relatório não é definitivo, pode ser modificado, principalmente, no plenário da Câmara”.

Aposentadoria – Segundo Fausto Júnior, o item sobre o cálculo do benefício não foi alterado. “A proposta mantém a do Governo. O trabalhador precisa de 20 anos para obter 60% do valor da média das contribuições, que não exclui os 20% dos salários mais baixos”, reitera.

Constituição – Outro aspecto a sublinhar, é que o relatório reintroduz na Constituição Federal pontos do Regime Geral da Previdência que tinham sido flexibilizados. “A idade mínima volta para a Constituição e não fica solta como na proposta de Bolsonaro”, diz o técnico. No entanto, ele pondera: “Isso não acontece nos regimes próprios de Previdência. Agora passa-se aos Estados e Municípios a responsabilidade de regular vários itens, até a aposentadoria especial do professor”, explica.

Pressão – O desafio do sindicalismo será, além de analisar, pressionar politicamente. Fausto aconselha: “Há pressões fortes a seguir. A aposentadoria especial não foi alterada substancialmente. O trabalhador vai se aposentar bem mais tarde do que deveria”.

Centrais – Para conversar com os parlamentares, sindicalistas se reúnem, nesta terça (25), com lideranças políticas do Legislativo. A primeira reunião está marcada às 11 horas, com parlamentares do Centrão; e, às 14 horas, com parlamentares da oposição. 

Assista a entrevista:

Fonte: Agência Sindical

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