DIRETORIAMULHER

Conselheiras do CECF participam de encontro com secretário da Casa Civil

Na manhã do último dia 11, Kátia Rodrigues, Conselheira do Conselho da Condição Feminina do Estado de São Paulo – CECF, Diretora de Assuntos da Mulher e Juventude da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST-SP), da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil(CSPB) e da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo(FESSP-ESP), participou do encontro com o recém nomeado Secretário da Casa Civil,  José Aldo Rebelo Figueiredo, no Palácio Bandeirantes, em São Paulo. Junto com ela estavam cerca de 10 conselheiras que reivindicaram mais atenção do governo a projetos de defesa dos direitos das mulheres paulista.

Durante o evento, a presidente do Conselho Maria dos Anjos Mesquita Hellmaister explicou ao secretário que o conselho é composto por 32 conselheiras, e que os membros são mulheres que representam a área social das secretarias de Estado e a sociedade Civil e que o mesmo está vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Ela ainda disse que o conselho não recebe qualquer recurso financeiro para mantê-lo, e que cada conselheira tem uma representação fundamental dentro da entidade.

Rabelo demonstrou interesse pelas informações das conselheiras. Elas explicaram a importância, as conquistas, como foi a criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher do Estado de São Paulo e também a como foi a criação de Conselhos Municipais da Condição Feminina, a realização da primeira Conferência Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, as inúmeras publicações literárias sobre os temas: violência doméstica, emprego doméstico, empoderamento feminino, a mulher na política, entre outros.

Na oportunidade, foi entregue ao secretário o documento com a resolução da última Conferência Nacional de Mulheres, realizada em 2016. O documento contém as reinvindicações de conselheiras de todos os Estados (que até o momento não foram aplicadas pelo poder público). Ficou ao encargo do secretário dar andamento ao documento para apreciação e implementação das medidas que ele reivindica.

A conselheira Aparecida Maria Prado aproveitou a oportunidade para cobrar do secretário um posicionamento sobre “a Casa da Mulher Brasileira”, construída no bairro do Cambuci, São Paulo. A previsão era de que a casa fosse entregue em outubro de 2016. A obra está orçada em R$ 7,6 milhões de reais, dinheiro que saiu dos cofres públicos. A casa deverá oferecer assistência social ás mulheres vítimas de violência na cidade. Atualmente a casa encontra-se abandonada por causa do descaso dos governos federal, estadual e municipal. Não existe previsão de inauguração da casa, o mato cresceu em torno da obra a qual não tem nenhuma vigilância.  

O secretário Rebelo se mostrou receptivo as propostas das conselheiras. Ele falou sobre a importância da mulher desde o início do Século, suas conquistas, suas lutas, e compactuou com as propostas das conselheiras. Ele também ressaltou a importância da implementação da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres no Estado de São Paulo – atualmente existe apenas uma Coordenação, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

As conselheiras explicaram ao secretário a importância do conselho e de estar constituído por mulheres que voluntariamente se doam para lutar pelas causas femininas, ressaltando que mesmo sem recurso financeiro o conselho é mantido por meio de doações das próprias conselheiras e demais parcerias que acreditam na luta de 35 anos do conselho na qual a mulher se faz presente.

“ Senhor secretário, esta é a minha primeira gestão como conselheira da condição feminina, e fazer parte junto a estas mulheres incríveis para mim é um grande orgulho. Dentro do conselho criamos as Comissões de: Saúde da Mulher, Violência, Tráfico de Mulheres, Trabalho, LGBT e Raça. Estar fazendo parte da Comissão de Saúde da Mulher é uma grande  satisfação  pois sou servidora pública da saúde a 23 anos, e  também conselheira estadual da saúde. Sei das angústias e dificuldades que as mulheres se submetem no seu dia a dia, principalmente as de baixa renda, negras, e lésbicas que são vítimas de preconceito racial e a xenofobia, em locais públicos, órgãos públicos, e o descaso com muitas quando vítimas de violência. O conselho é um veículo para ser usado para ajudar na criação de políticas públicas para as mulheres. Temos projetos para isto, e conselheiras empenhadas para que o poder público acredite que podemos fazer a diferença. Precisamos apenas de espaço para mostrar o nosso trabalho em uma possível Secretaria de Mulheres dentro do Estado de São Paulo”, afirmou Kátia Rodrigues.

Katia Rodrigues

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *