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Contra a Privatização!

Diretores da Fessp-Esp participam de audiência pública contra a privatização do sistema prisional paulista

O presidente da Fessp-Esp, Lineu Neves Mazano e a diretora da Mulher, Kátia Rodrigues participaram da audiência pública, na Alesp, no último dia 13 de novembro.

Inês Ferreira

Os presídios privados norte-americanos não geram economia de dinheiro, não são mais seguros, não dão tratamento melhor para os presos e não reabilitam melhor. Resumindo: – as privatizações das prisões norte-americanas não funcionam.  A afirmação foi feita durante a Audiência Pública contra a Privatização do Sistema Prisional, por Wayne Spence, presidente da Federação dos Funcionários Públicos de New York, entidade que agrega 52 mil servidores.

Spence fez um relato histórico sobre a guerra civil americana e a libertação dos escravos para explicar a origem do encarceramento de negros nos EUA. Segundo ele, com o fim da escravidão muitos negros eram presos porque não tinham emprego. Assim teve início o sistema industrial de prisão norte-americana, fazendo com que o país se tornasse o número 1 de encarceramento no mundo, onde 34% da população carcerária são compostas por negros.

O estado de Louisiania, que tem a maior população negra dos EUA, abriga a maior empregadora de presos do país. Essas empresas passaram a usar a mão-de-obra barata dos presos, principalmente em plantações e depois levaram essa ideia para outros estados.

“O governo de São Paulo quer trazer esse pensamento industrial para o Brasil?”,  perguntou Spencer.

“A experiência que tiveram na Amazônia demonstra que não dá certo. Porque tomar esse caminho?”, questionou o sindicalista.

Negócio lucrativo

A norte-americana, Elizabeth Parizian, diretora da Americam Federation  of  Teachers (AFT) também não poupou criticas as privatizações de prisões feitas nos EUA.

“As empresas privadas tem um papel importante na taxa de encarceramento do país. As empresas controlam a maior parte dos presídios há cerca de 30 anos e não economizam dinheiro e nem geram segurança”, disse ela.

Conforme a sindicalista o alcance dessas empresas é maior do que se pode imaginar. Além das que gerenciam as prisões, mais quatro mil empresas trabalham para o sistema prisional oferecendo serviços de alimentação, transporte, saúde, telefonia e vídeo.

“Um negócio lucrativo que interessa para executivos e acionistas”, disse ela.

Redução de direitos

De acordo com Elizabeth, se o governo já oferece esse serviço por baixo custo, como pode uma empresa privada oferecer por um preço ainda menor?  

“Eles conseguem porque reduzem os serviços oferecidos, reduzem o pagamento dos presos que trabalham, cortam serviços de educação e capacitação profissional dos presos e reduzem direitos básicos, como alimentação e saúde”, respondeu.

Para conseguir se manter no mercado, a sindicalista afirmou que as empresas influenciam na aprovação de leis, fazem doações para campanhas políticas, trabalham pelo aumento de penas para que mais pessoas sejam presas e aumentam a taxa de encarceramento.

“ As duas maiores empresas doaram 200 milhões de dólares para a festa de posse de Donald Trump”, afirmou.

Conforme Elizabeth seria esse o motivo de Trump implementar  a mais dura política de imigração  da história americana – para aumentar o número de encarcerados.

Prejuízos

Segundo ela, dados apontam que nas prisões privadas estão maiores os índices de fuga, de contrabando, de uso de drogas e de ataque de presos a trabalhadores, além de custarem mais que os presídios púbicos.

Essas empresas acabam gerando mais problemas de segurança, que acabam tendo que ser resolvidos pelos serviços públicos, além dos casos de ataques aos direitos humanos que geram processo que são pagos pelo estado.

“Não podemos esquecer que quanto pior o impacto negativo nas prisões, pior é para os trabalhadores e a comunidade. A condição de vida de um prisioneiro reflete na condição de vida do trabalhador”, disse ela.

Audiência

As falas dos norte-americanos na audiência foram ouvidas por diversos deputados estaduais e um federal (Capitão Wagner -Pros). A audiência foi solicitada pelo deputado estadual, Carlos Giannazi (PSOL) e contou com a participação do presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto, representante da Ordem dos  Advogados do Brasil de São Paulo (OAB –SP) Rafael Custódio, Denise Mota Dau secretária da sub regional do Brasil da ISP (Internacional de Serviços Públicos), o presidente da Fessp-Esp (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo), Lineu Neves Mazano e da presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, Fernanda Magano.

A audiência pública foi solicitada ao deputado pelo SINDCOP  e fez parte da continuidade do Seminário Internacional Estados Unidos e Brasil – Garantia de Direitos e sistema Prisional Público: É possível Manter?

“Os debates e as participações foram de alto nível. Agora o governador João Doria não poderá mais usar os EUA como exemplo quando falar em privatização. Não queremos importar uma bomba dessas para nosso Estado e para nosso país”, disse o concluiu o SINDCOP.

“A experiência que tiveram na Amazônia demonstra que não dá certo. Por que tomar esse caminho?”

Os presídios privados norte-americanos não geram economia de dinheiro, não são mais seguros, não dão tratamento melhor para os presos e não reabilitam melhor. Resumindo: – as privatizações das prisões norte-americanas não funcionam. A afirmação foi feita durante a Audiência Pública contra a Privatização do Sistema Prisional, por Wayne Spence, presidente da Federação dos Funcionários Públicos de New York, entidade que agrega 52 mil servidores.
Spence fez um relato histórico sobre a guerra civil americana e a libertação dos escravos para explicar a origem do encarceramento de negros nos EUA. Segundo ele, com o fim da escravidão muitos negros eram presos porque não tinham emprego. Assim teve início o sistema industrial de prisão norte-americana, fazendo com que o país se tornasse o número 1 de encarceramento no mundo, onde 34% da população carcerária são compostas por negros.
O estado de Louisiania, que tem a maior população negra dos EUA, abriga a maior empregadora de presos do país. Essas empresas passaram a usar a mão-de-obra barata dos presos, principalmente em plantações e depois levaram essa ideia para outros estados.
“O governo de São Paulo quer trazer esse pensamento industrial para o Brasil?”, perguntou Spencer.
“A experiência que tiveram na Amazônia demonstra que não dá certo. Porque tomar esse caminho?”, questionou o sindicalista.
Negócio lucrativo
A norte-americana, Elizabeth Parizian, diretora da Americam Federation of Teachers (AFT) também não poupou criticas as privatizações de prisões feitas nos EUA.
“As empresas privadas tem um papel importante na taxa de encarceramento do país. As empresas controlam a maior parte dos presídios há cerca de 30 anos e não economizam dinheiro e nem geram segurança”, disse ela.
Conforme a sindicalista o alcance dessas empresas é maior do que se pode imaginar. Além das que gerenciam as prisões, mais quatro mil empresas trabalham para o sistema prisional oferecendo serviços de alimentação, transporte, saúde, telefonia e vídeo.
“Um negócio lucrativo que interessa para executivos e acionistas”, disse ela.
Redução de direitos
De acordo com Elizabeth, se o governo já oferece esse serviço por baixo custo, como pode uma empresa privada oferecer por um preço ainda menor?
“Eles conseguem porque reduzem os serviços oferecidos, reduzem o pagamento dos presos que trabalham, cortam serviços de educação e capacitação profissional dos presos e reduzem direitos básicos, como alimentação e saúde”, respondeu.
Para conseguir se manter no mercado, a sindicalista afirmou que as empresas influenciam na aprovação de leis, fazem doações para campanhas políticas, trabalham pelo aumento de penas para que mais pessoas sejam presas e aumentam a taxa de encarceramento.
“ As duas maiores empresas doaram 200 milhões de dólares para a festa de posse de Donald Trump”, afirmou.
Conforme Elizabeth seria esse o motivo de Trump implementar a mais dura política de imigração da história americana – para aumentar o número de encarcerados.
Prejuízos
Segundo ela, dados apontam que nas prisões privadas estão maiores os índices de fuga, de contrabando, de uso de drogas e de ataque de presos a trabalhadores, além de custarem mais que os presídios púbicos.
Essas empresas acabam gerando mais problemas de segurança, que acabam tendo que ser resolvidos pelos serviços públicos, além dos casos de ataques aos direitos humanos que geram processo que são pagos pelo estado.
“Não podemos esquecer que quanto pior o impacto negativo nas prisões, pior é para os trabalhadores e a comunidade. A condição de vida de um prisioneiro reflete na condição de vida do trabalhador”, disse ela.
Audiência
As falas dos norte-americanos na audiência foram ouvidas por diversos deputados estaduais e um federal (Capitão Wagner -Pros). A audiência foi solicitada pelo deputado estadual, Carlos Giannazi (PSOL) e contou com a participação do presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto, representante da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB –SP) Rafael Custódio, Denise Mota Dau secretária da sub regional do Brasil da ISP (Internacional de Serviços Públicos), o presidente da Fessp-Esp (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo), Lineu Neves Mazano e da presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, Fernanda Magano.
A audiência pública foi solicitada ao deputado pelo SINDCOP e fez parte da continuidade do Seminário Internacional Estados Unidos e Brasil – Garantia de Direitos e sistema Prisional Público: É possível Manter?
“Os debates e as participações foram de alto nível. Agora o governador João Doria não poderá mais usar os EUA como exemplo quando falar em privatização. Não queremos importar uma bomba dessas para nosso Estado e para nosso país”, disse o concluiu o SINDCOP.

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