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Carcereiro é agente policial, mas déficit não para de crescer

Os novos dados do Defasômetro do SINDPESP, atualizado em 28 de fevereiro, apontam o déficit total de 13.729 profissionais na Polícia Civil do Estado de São Paulo. O número representa 32,75% do total previsto em lei. Já são 176 cargos vagos a mais do que em janeiro. Somente neste ano, o aumento na defasagem já atingiu 250 cargos.

Faltam hoje 776 delegados de polícia, doze cargos vagos a mais do que no mês passado. Ou seja, 22,4% das vagas previstas para delegados de polícia no estado estão sem profissionais. A cada levantamento, o déficit piora. A nova divulgação do Defasômetro abrange, como em todo mês, os números de todas as carreiras.

Faltam atualmente 3.214 investigadores (46 a mais do que no mês anterior), 3.092 escrivães (59 a mais), 968 agentes policiais (18 a mais), 890 agentes de telecomunicações (onze a mais), 310 papiloscopistas (dois a mais), 466 auxiliares de papiloscopista (um a mais), 291 médicos legistas (quatro a mais), 337 peritos criminais (quatro a mais), 47 desenhistas (um a mais), 138 atendentes de necrotério, 20 auxiliares de necrotério e 158 fotógrafos (dois a mais).

Neste Defasômetro, os carcereiros somam 3.022 cargos extintos (16 a mais do que no mês passado). O SINDPESP considera importantíssima a transformação de cargo dos carcereiros para agentes policiais, através de lei complementar aprovada no final do ano passado e publicada HOJE no Diário Oficial do Estado de São Paulo (vide anexo).

A SSP/SP afirmou diversas vezes que o SINDPESP “distorcia” dados ao computar os cargos de carcereiros no déficit. Como se vê, não só o sindicato não estava errado como os deputados estaduais entenderam que o cargo não deveria permanecer na extinção e o devolveram ao rol dos ativos da instituição. O governador João Doria endossou a mudança.

Para a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati, a lei complementar “fez justiça à Polícia Civil ao reconduzir cargos de carcereiros para a ativa, impedindo a sua extinção e o consequente aumento do déficit de efetivo. É preciso enfatizar que os 3.022 cargos de carcereiros extintos até hoje não foram substituídos, portanto, foram perdidos pela instituição e que a decisão de mudar esse quadro partiu do legislativo, não do governo”, frisou a presidente.

Os dados do Defasômetro não apresentaram melhora desde que passaram a ser divulgados, em outubro de 2017 (confira todas as tabelas em http://sindpesp.org.br/defasometro.asp).

“Já estamos entrando no terceiro mês do novo governo e, até agora, há pouca sinalização de que as melhoras pedidas há tempos vão ocorrer com a velocidade necessária. É preciso que o governador João Doria compreenda o mal que governos anteriores fizeram contra a polícia judiciária e, em última instância, à população paulista, e freie esse déficit o mais depressa possível. Já passou da hora de existir investimento real para que uma efetiva política de segurança pública seja implementada”, afirmou Raquel Kobashi Gallinati. “Investir em polícia judiciária é uma obrigação do Estado, não uma decisão política do gestor”, completou Raquel.

Leia o documento na íntegra: https://bit.ly/2CgKKbQ

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